Pouca coisa se
sabia dele. Pouco eu me lembro: era só o Zé Bobo, o Zé Ninguém.
Tinha as mãos
encardidas e o sorriso enorme na cara enrugada. Carregava sempre um canivete
bem afiado. Descascava laranjas com uma rapidez incrível, fazendo a alegria da
criançada. Só para elas ele fazia isso.
Disso eu nunca
me esqueci. Chupei muita laranja descascada por aquelas mãos encardidas.
3 comentários:
memórias boas que ficam...
e é tão bom ter memórias...
beijinhos
:)
Eu conheço esse Zé Bobo.
Oi, Poetisa/Sônia Brandão !
Todos trazemos, do passado, lembranças
semelhantes a deste texto, que nos
enchem de saudade...
Parabéns pela sensibilidade e gratidão !
Um fraterno abraço e uma ótima semana.
Sinval.
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