1. Leveza
Era leve o pássaro
e ainda mais leve o seu canto.
2. O timoneiro
A noite cai sobre o meu barco.
Para onde me levará o vento?
3. Gregueria
Leve-me flores quando o meu relógio morrer.
4. Madrugada
Para cantar a madrugada
não é preciso que o galo
conheça os seus mistérios.
5. Infinitamente
Canto a tristeza
de não ser flor.
6. Dor
Alimentei meu pássaro
com a morte.
7. Vestimenta
Queimei os meus vestidos.
Quero vestir-me apenas de palavras.
13 comentários:
"Leve-me flores quando o meu relógio morrer" levou-me... tão bela imagem. dói. beijinho.
E esses também são cantos leves, com asas justas e potentes para cruzar todo um céu.
Apreciei sobretudo Madrugada e Dor. Sim, o galo canta um diário despertar, sem ciência da morte que o alimenta. Que alimenta a todos nós.
Abraço.
Para mim, vc é flor. Só uma poetisa-flor para chamar os pássaros assim na poesia e nas imagens.
Beijo, linda!
"Queimei os meus vestidos.
Quero vestir-me apenas de palavras."
Sonia, poetamiga: seu fazer poético me encanta pela simplicidade que veste a alma de cada palavra que você escreve. Paz e bem. Graça Graúna
Cara Sônia
Fantástico este seu Poema!
Fantástica a Ave de que não sei o nome.
Bjs
G.J.
CANTO A TRISTEZA DE NÃO SER FLOR!
Que coisa mais linda, Sônia!
A vida pulsa em seus versos.
Beijos
Mirze
Olá, viva!
Achei muito interessantes
estes poeminhas!
E venho desejar-lhe
BOM ANO de 2011!
Bjs
..."Quero vestir-me apenas de palavras"... E como tu as usas bem...
Beijo
Graça
Vc não lida com poesia, lida quase que com uma religião. Zen-poeta! Uma de minhas prediletas!
Sempre fã!
Abraços!
Oi querida
Belos versos como sempre.
Desejo um ano cheio de sonhos e projetos realizados.
Beijooo
Poemetos muito bons, especialmente o que fala dos galos e dos mistérios da madrugada. Eu queria ter o instinto que só nos leva a cantar. Abraços.
O timoneiro: o que nos guia além do sonho? O que nos guia?
Você é um pássaro impossível de leveza e poesia! Beijo
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