
A CABRA
Na manhã iluminada
o verde abre seu ventre.
A fome dançando no olhar,
a fome florindo nos dentes.
O verde que enche os meus olhos
enche a barriga da cabra.
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O José Carlos fez um poema para o bode,
eu fiz para a cabra.
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Os grandes LPs, o máximo para se ouvir música com o som perfeito, ou o vinil, como dizem hoje, recriando um saudosismo de um tempo que nem viveram. Mas eram sublimes os LPs, era sublime a música ouvida naqueles bolachões – mas também não os chamávamos bolachões, nome depreciativo, não, nós os respeitávamos. É bonito agora ver renascer esse respeito – pela música mais encorpada, mais autêntica. Hoje são quase infinitas as maneiras de se reproduzir uma música, mas, porque infinitas, também artificiais.
Talvez muita gente discorde desse julgamento, quem sou eu? Deem uma olhada neste blog – EXTINÇÃO – para conferir. Extinção! Antes que acabe. LPs do mundo inteiro – de graça! Basta pagar o frete e uma pequena contribuição para se manter esse que se autodenomina Museu do Futuro. É uma graça! Nada é de graça neste mundo, mas vale a pena conhecer. Talvez você goste. Talvez você goste pelo menos de conhecer.