quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A CABRA




A CABRA

Na manhã iluminada
o verde abre seu ventre.

A fome dançando no olhar,
a fome florindo nos dentes.

O verde que enche os meus olhos
enche a barriga da cabra.

_________

O José Carlos fez um poema para o bode,
eu fiz para a cabra.

_____________

17 comentários:

Guará Matos disse...

Claro, satisfazer a família(caprina) é uma forma de satisfazer a todos(os caprinos, hahahaha!
Abraços.

Marcantonio disse...

Outra cadeia alimentar: essa altamente poética


De uma certa forma os poemas se complementam: o do Brandão extrovertido, o seu introvertido. O dele "leva" o bode para o mundo, o seu traz um mundo ao ventre da cabra. Expansão e contração.

Agora, esses dois versos finais são qualquer coisa inspiradíssima.

Afora o encanto da foto da cabra.

Abraço.

Luiza Maciel Nogueira disse...

o verde brilhante alimenta! Que belo! E belezas alimentam bem os olhos..

beijos

Juliana Porto disse...

Inveja da cabra. =P

beijos

nydia bonetti disse...

A alma dos bichos é verde. A alma das feras, vermelha. A alma do homem, tem a cor dos seus olhos. Eu, saio verdinha daqui.Vou ver o bode agora. :) beijo!

Unknown disse...

Que lindo, Sônia!

"O verde abre seu ventre", felizes somos nós que podemos ler vocês.

Beijos

Mirze

Luciana Marinho disse...

rs
que delícia!
viva o verde tão necessário!
parabéns para você e para o josé carlos!

beijoca!

:.tossan® disse...

Por mim ela ficaria o resto da vida assim. Belo fragrante e poesia. Beijo

Hilton Deives Valeriano disse...

Gosto de dimensão descritiva e intimista...Lembra algo de William Carlos Williams...Mande uma seleção de seus poemas em meu email. Será um honra publicá-la no Poesia Diversa. Um abraço.

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Sônia, bela fotografia...bela poesia...Espectacular....
Cumprimentos

Gaspar de Jesus disse...

Cara Sônia
Ficou muito bem este instante em que a cabra se alimenta.
São uns bichinhos adoráveis e enquanto bebés ainda mais.
O mal que tem é que eu gosto muito de CHANFANA, um prato típico da zona centro de Portugal, feito com as costelas do bicho, cozidas em vinho tinto...rsrsrs
BEIJINHO
g.j.

Moisés de Carvalho disse...

...E a Poesia Alimenta a Alma !

gostei do seu poema !

beijo-te !

Guará Matos disse...

Oi, querida... Bom dia!
É pra lembrar que o resultado do sorteio já esta publicado.

Bjs.

Nilson Barcelli disse...

E fizeste um excelente poema.
Gostei, é muito bom. A simplicidade aparente dá algum trabalho...
Beijos, querida amiga.

Graça Pereira disse...

"A fome dançando no olhar, a fome florindo nos dentes"... é uma imagem poética lindissima, diferente e demasiado luminosa, tal como o verde do campo.
Beijo
Graça

Wilson Torres Nanini disse...

A alquimia das imagens nos arrebatam. A fome dançando no olhar/a fome florindo nos dente...

Ótimo, ótimo!!

Abraços!

Jota Brasil disse...

É Sõnia....sintonia poética do casal

O CÉU SE INCENDEIA